Sobre a possibilidade de um furacão em outubro, contra todas as previsões do tempo...
Heloísa sobe e chega a 10%; cresce a chance de 2º turno A nova onda de ataques da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) em São Paulo, iniciada no dia 11, não produziu efeitos imediatos nas campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador do Estado Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República. Pesquisa Datafolha divulgada ontem revelou um quadro estável na disputa, mantendo Lula na liderança, com 44% das intenções de voto, seguido pelo candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, com 28%. A novidade detectada pelo levantamento, feito anteontem e ontem, é o crescimento da candidata do PSOL a presidente, senadora Heloísa Helena, em todas as regiões do país. A ex-petista subiu de 6% para 10%. Lula alcança 52% dos votos válidos e não é mais possível afirmar que hoje ele venceria a eleição no primeiro turno. Devido à margem de erro da pesquisa, de dois pontos percentuais para mais ou para menos, aumentou a chance de haver segundo turno. Na pesquisa anterior, a diferença entre os votos válidos de Lula e os dos demais candidatos somados era de oito pontos percentuais a favor do presidente. A nova pesquisa mostra uma queda da diferença para quatro pontos percentuais. Lula e Alckmin tiveram oscilação negativa. O petista, que tinha 46% na pesquisa de 28 e 29 de junho, agora tem 44%. Alckmin oscilou de 29% para 28%. O potencial de crescimento de Heloísa Helena já era considerado antes dessa pesquisa por segmentos do PT e PSDB como o fator que poderá levar a disputa ao segundo turno. A projeção para um eventual segundo turno ficou estável: Lula oscilou um ponto para baixo e tem 50%, contra 40% de Alckmin --mesmo índice do tucano no último levantamento. Segundo Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, é possível inferir que o crescimento de Heloísa Helena se deve, principalmente, à exposição da senadora nos meios de comunicação nas últimas semanas. "Desde o início do ano, Heloísa Helena estava com um patamar estável nas pesquisas, entre 6% e 7%", observa Paulino. A receptividade do eleitor à candidatura de Heloísa Helena foi expressiva sobretudo na região Sul, onde ela teve mais que o dobro das intenções de voto em relação à pesquisa anterior (de 6% para 13%). Em junho, Alckmin havia ultrapassado Lula no Sul (37% a 30%). Agora, os dois empatam em 31%. A candidatura da senadora também cresceu de 7% para 11% no Norte e Centro-Oeste. No Nordeste, o presidente Lula mantém consolidado seu eleitorado mais fiel, com pequena oscilação negativa (de 64% para 63%). Já Alckmin caiu quatro pontos (de 17% para 13%), enquanto Heloísa Helena oscilou positivamente (de 5% para 7%). A ascensão da senadora no Sudeste foi de quatro pontos percentuais, de 7% para 11%. O cenário na região permanece estável para Lula e Alckmin. O Datafolha também pediu aos eleitores que avaliassem o governo Lula. O resultado foi similar ao do último levantamento, quando 39% dos eleitores consideravam o governo bom ou ótimo --agora são 38%. Também oscilaram dentro da margem de erro as avaliações da gestão Lula como regular (40%) e ruim ou péssima (21%). Foram entrevistados 6.264 eleitores em 272 municípios. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número 11149/2006.
Esses números da nova pesquisa mostram um indicativo diverso do que as outras pesquisas demonstravam. O crescimento de Heloisa Helena, denota que a possibilidade de um segundo turno passa a ser, cada vez mais evidente. E, não se espantem, com uma possível disputa entre Lula e Heloísa Helena. Senão vejamos: a campanha política está em seu início, e o crescimento de Heloísa Helena, ao contrário do que ocorreu com Alckmin, cuja melhora se deveu à saída de Enéas e Freire, foi real e,percentualmente, muito grande. A tendência de crescimento de Alckmin esbarra em suas origens tucanas, agravadas pela presença do seu candidato a vice, ambos visceralmente ligados ao desastrado Governo Fernando Henrique Cardoso. José Jorge será, indiscutivelmente, associado ao apagão ocorrido na sua gestão enquanto Ministro da pasta responsável pela energia, ou irresponsável, se assim desejar. Geraldo, o Alckmin, pode até ter mudado de nome, pode até mudar a sua conduta, mas nada o afastará do seu partido e nem do Governo FHC, é só nos lembrarmos de que os escândalos do Governo passado serão colocados na campanha e a lembrança de uma época em que o país estava mergulhado no caos econômico ainda é muito recente, principalmente para as maiores vítimas das lambanças tucanas. Além disso, ao se constatar que em todos os escândalos do país, inclusive nos que afetam a imagem do PT, há caciques tucanos e pefelistas envolvidos, isso para não dizer do das sanguessugas e da lista de Furnas, sob averiguação, teremos uma possibilidade gigantesca de estagnação e até de queda livre da candidatura Alckmin, associada ao crescimento da candidatura do PSOL. Os maiores problemas a serem resolvidos pela campanha de Alckmin estão ligados a um fogo cruzado com o PT, com perda de credibilidade de ambos os lados. Alckmin não resiste a uma análise um pouco mais que superficial na tentativa de se diferenciar do governo Lula, no que tange a escândalos e suspeitas. Entretanto, o Governo atual tem uma perfomance econômica e social mais evidente e com melhor avaliação do que o governo passado, isso é inegável. Com esse fogo cruzado, cresce a candidatura de Heloísa Helena, com a tranqüilidade de quem esteve à margem de ambas as situações relacionadas a uma avaliação ética sobre política. Se Alckmin, entretanto, tentar evitar esse tipo de confronto, Lula fica sereno e tranqüilo, caminhando para uma reeleição sem maiores atropelos. A posição da candidatura tucana é aquela de “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, sendo que o que alcança pode ultrapassar e deixá-lo fora de um segundo turno, e o que come, impede que haja um segundo turno. Lula tem, a seu favor, indicadores econômicos e sociais muito melhores do que o Governo passado. Seu ponto fraco é o mesmo do governo de FHC, a ética. Heloísa Helena, ao contrário, nada tem a perder, podendo vir de franco atiradora. A bem da verdade, o que temos hoje é sintomático. A possibilidade de um segundo turno entre Lula e Heloísa Helena, ainda não avaliada pelos institutos de pesquisa, se torna, a cada dia, mais evidente. Se, na próxima pesquisa, mantiver um crescimento de quatro a cinco por cento, ou seja, chegar a dois meses da eleição com catorze a quinze por cento, acredito que essa hipótese será a mais provável. O que parecia impossível, pode acontecer. O sepultamento das elites uspianas e do coronelato nordestino... O fator Heloísa pode se transformar no Katrina até outubro. Isso não espantaria muito pois, se vocês se lembram, até a última pesquisa, na eleição vencida por Collor, Brizola era o franco favorito; mas Lula surpreendentemente ultrapassou-o. Na última eleição mesmo, tivemos um favoritismo relativo de Ciro Gomes sobre Serra revertido em plena campanha. Agora, se isso ocorrer, quero ver quem terá o apoio dos tucanos e dos pefelistas, quem souber me responda...
Esses números da nova pesquisa mostram um indicativo diverso do que as outras pesquisas demonstravam. O crescimento de Heloisa Helena, denota que a possibilidade de um segundo turno passa a ser, cada vez mais evidente. E, não se espantem, com uma possível disputa entre Lula e Heloísa Helena. Senão vejamos: a campanha política está em seu início, e o crescimento de Heloísa Helena, ao contrário do que ocorreu com Alckmin, cuja melhora se deveu à saída de Enéas e Freire, foi real e,percentualmente, muito grande. A tendência de crescimento de Alckmin esbarra em suas origens tucanas, agravadas pela presença do seu candidato a vice, ambos visceralmente ligados ao desastrado Governo Fernando Henrique Cardoso. José Jorge será, indiscutivelmente, associado ao apagão ocorrido na sua gestão enquanto Ministro da pasta responsável pela energia, ou irresponsável, se assim desejar. Geraldo, o Alckmin, pode até ter mudado de nome, pode até mudar a sua conduta, mas nada o afastará do seu partido e nem do Governo FHC, é só nos lembrarmos de que os escândalos do Governo passado serão colocados na campanha e a lembrança de uma época em que o país estava mergulhado no caos econômico ainda é muito recente, principalmente para as maiores vítimas das lambanças tucanas. Além disso, ao se constatar que em todos os escândalos do país, inclusive nos que afetam a imagem do PT, há caciques tucanos e pefelistas envolvidos, isso para não dizer do das sanguessugas e da lista de Furnas, sob averiguação, teremos uma possibilidade gigantesca de estagnação e até de queda livre da candidatura Alckmin, associada ao crescimento da candidatura do PSOL. Os maiores problemas a serem resolvidos pela campanha de Alckmin estão ligados a um fogo cruzado com o PT, com perda de credibilidade de ambos os lados. Alckmin não resiste a uma análise um pouco mais que superficial na tentativa de se diferenciar do governo Lula, no que tange a escândalos e suspeitas. Entretanto, o Governo atual tem uma perfomance econômica e social mais evidente e com melhor avaliação do que o governo passado, isso é inegável. Com esse fogo cruzado, cresce a candidatura de Heloísa Helena, com a tranqüilidade de quem esteve à margem de ambas as situações relacionadas a uma avaliação ética sobre política. Se Alckmin, entretanto, tentar evitar esse tipo de confronto, Lula fica sereno e tranqüilo, caminhando para uma reeleição sem maiores atropelos. A posição da candidatura tucana é aquela de “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, sendo que o que alcança pode ultrapassar e deixá-lo fora de um segundo turno, e o que come, impede que haja um segundo turno. Lula tem, a seu favor, indicadores econômicos e sociais muito melhores do que o Governo passado. Seu ponto fraco é o mesmo do governo de FHC, a ética. Heloísa Helena, ao contrário, nada tem a perder, podendo vir de franco atiradora. A bem da verdade, o que temos hoje é sintomático. A possibilidade de um segundo turno entre Lula e Heloísa Helena, ainda não avaliada pelos institutos de pesquisa, se torna, a cada dia, mais evidente. Se, na próxima pesquisa, mantiver um crescimento de quatro a cinco por cento, ou seja, chegar a dois meses da eleição com catorze a quinze por cento, acredito que essa hipótese será a mais provável. O que parecia impossível, pode acontecer. O sepultamento das elites uspianas e do coronelato nordestino... O fator Heloísa pode se transformar no Katrina até outubro. Isso não espantaria muito pois, se vocês se lembram, até a última pesquisa, na eleição vencida por Collor, Brizola era o franco favorito; mas Lula surpreendentemente ultrapassou-o. Na última eleição mesmo, tivemos um favoritismo relativo de Ciro Gomes sobre Serra revertido em plena campanha. Agora, se isso ocorrer, quero ver quem terá o apoio dos tucanos e dos pefelistas, quem souber me responda...
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