sábado, agosto 19, 2006

Claridade dos olhos, na lembrança

Claridade dos olhos, na lembrança;
Desses olhos que foram os meus guias.
Quem me dera, pudesse ser criança,
Mergulhando em teus olhos, fantasias…

Pelas ruas distantes d’esperança,
Bem sei que, de viés, também me vias;
De mãos dadas, unidos nesta dança,
Sem temer as penumbras mais sombrias…

Tinha, em teus olhos, lume e farol, brilho.
Seguia sem temer pelas tempestas.
Eu jamais me perderia nesse trilho;

Vertendo em claridade; tantas festas,
Sem temer nem a morte nem exílio,
Teus olhos, velas, trilhas nas florestas…