terça-feira, agosto 08, 2006

redondilhas

Aconchego dos teus braços,
Trago o cansaço dos meus,
Atando os dois, fortes laços.
Nestes teus braços tão meus...

Amor traduzindo paz,
Capaz de nunca esquecer,
Do tempo em que fui audaz,
Parecendo não morrer...

Mas hoje, só sei de ti,
Nada mais quero encontrar,
Falando do que vivi,
Não preciso procurar...

Tudo tenho no teu colo,
Felicidade e prazer,
Não quero mais outro solo,
Nem preciso conceber...

Das coisas que me restaram,
A melhor eu já mantive,
Das dores que machucaram,
Tua alegria é que vive.

Meus cabelos estão brancos,
Mas a alma inda sorri,
Os teus sorrisos mais francos,
Me lembram que não morri.

Falar da vida, conceito,
Que nunca pude conter,
Mas luto pelo direito,
Simples de sobreviver.

Nada então peço a meu Deus,
A não ser o teu perdão,
Esses teus olhos, tão meus,
Iluminam o coração...

Minha vida segue o rumo,
Pois tua presença encanta,
Mas se sais, perco meu rumo,
Ata o nó, minha garganta.

Perdoe essa heresia,
Chamar de deusa e rainha,
És a luz de todo dia,
Obrigado: pois és minha!