terça-feira, agosto 22, 2006

A Tesoura

Quando vestes tão bela vestimenta,
Esqueces da tesoura, que a cortou.
Num vai e volta tira, experimenta,
Acertando, solene, o que sobrou.

Outras vezes, cabelos ‘té da venta,
Vais cortando, deixando o que sobrou.
Quando, enfim o Brasil tornou-se penta,
Seu trabalho ajudou, ‘té fazer gol...

És, portanto, fiel a quem te trata
Com carinho e com arte verdadeira.
Mas, se quem usa abusa e te maltrata,

Tu completas sem pena tal besteira...
Mas, uma coisa falo, és bem ingrata:
Só por não podar língua fofoqueira...