A vida passou ávida de vida
A vida passou ávida de vida, pelo campo onde caminhava solitário.
Não quis ser mar nem ser maré, quis viver Maria, que nada mais continha a não ser poesia...
Mas me detinhas a cada passo, teu cansaço e minha sina, meu abraço e tuas pernas, penugens e paragens, margens e manhãs...
Quis ser sonho e pedregulho, ser seixo e ser queixume, deixo meu ciúme e minha cisma; cataclisma fatal sem fátuos fatos...
Num átimo um ótimo momento, um último madorno me adorno de teus ouros e perolados olhos. Nos óleos que me tramas, casas e camas, nas brasas, chamas e não respondo, oculto.
Te cultuo num duo infernal, sem eco, sem ego, trôpego, trafego e me apego a teu passo, pássaro solto, contrafeito...
Desfeito tudo que pudesse ser meu, mel e mal, Maria, o mar ia amar, andei e não te vi, bem te vi, mentiras e martírios.
Marujo sem sabujo, não sei se rei, sereia que seria minha teia, mas atéia, ateia tantas brumas, bruxuleante brisa, concisa e precisa, necessária...
Amar Maria, mar ondeia, nos seios, seixos e desejos, um beijo e um aceno, contraceno com velas e veleiros.
Nas mãos vazias, azias e ânsias, anseias seres livre, me contive e não tive outro chão...
O vão aberto sob meus pés, fendida a praia, fendida a saia, a baia, o portão...
O porto longe, a vida longe, longevidade para quê?
Na seda que roubaste e vestiste insiste meu tato, permite o olfato que, de fato serei ato, sou regato e regado a tanta maresia...
Mar se ia sem Maria, sem marés e sem viés para o invés do investido, antes tivesse ido, morrer no mar, sem Maria, sem mares, sem marés, sem poesia...
Não quis ser mar nem ser maré, quis viver Maria, que nada mais continha a não ser poesia...
Mas me detinhas a cada passo, teu cansaço e minha sina, meu abraço e tuas pernas, penugens e paragens, margens e manhãs...
Quis ser sonho e pedregulho, ser seixo e ser queixume, deixo meu ciúme e minha cisma; cataclisma fatal sem fátuos fatos...
Num átimo um ótimo momento, um último madorno me adorno de teus ouros e perolados olhos. Nos óleos que me tramas, casas e camas, nas brasas, chamas e não respondo, oculto.
Te cultuo num duo infernal, sem eco, sem ego, trôpego, trafego e me apego a teu passo, pássaro solto, contrafeito...
Desfeito tudo que pudesse ser meu, mel e mal, Maria, o mar ia amar, andei e não te vi, bem te vi, mentiras e martírios.
Marujo sem sabujo, não sei se rei, sereia que seria minha teia, mas atéia, ateia tantas brumas, bruxuleante brisa, concisa e precisa, necessária...
Amar Maria, mar ondeia, nos seios, seixos e desejos, um beijo e um aceno, contraceno com velas e veleiros.
Nas mãos vazias, azias e ânsias, anseias seres livre, me contive e não tive outro chão...
O vão aberto sob meus pés, fendida a praia, fendida a saia, a baia, o portão...
O porto longe, a vida longe, longevidade para quê?
Na seda que roubaste e vestiste insiste meu tato, permite o olfato que, de fato serei ato, sou regato e regado a tanta maresia...
Mar se ia sem Maria, sem marés e sem viés para o invés do investido, antes tivesse ido, morrer no mar, sem Maria, sem mares, sem marés, sem poesia...
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