quarta-feira, setembro 06, 2006

Antítese

Quanto mais eu te vejo, menos sinto...
Teus olhos são distantes, mas presentes...
Quando estás assim perto, são ausentes;
Quando digo: conheço-te, mais minto.

Mas, paradoxalmente; se me tinto
Com as cores dos meus olhos, são urgentes
As mudanças; tragando minhas lentes,
Nos teus olhos, então, os meus eu pinto...

Quem me dera saber do não sabido,
Meu olhar, nos teus olhos, escondido.
Reflexo que embriaga, deixa louco...

Conhecer minhas dores e destino,
Ao mesmo tempo, vago, perco tino,
Mergulhando em teus olhos, pouco a pouco...