terça-feira, setembro 19, 2006

Rondas Noturnas

Nas rondas das noturnas serenatas,
Acordo meus amores inauditos...
As horas que passamos nestas matas,
Traduzem os meus sonhos tão malditos...

Quem fora cachoeiras e cascatas,
Não passa mais de simples, tristes ritos.
As portas que fechaste com bravatas,
Não abrem-se sequer com os teus gritos...

Percebendo a mordida na maçã,
Desperto-me feroz desta invernada.
A dor que me trazias amanhã,

No gosto desta fruta envenenada...
Não peço nem desculpas nem perdão,
As bocas que beijaste são lufadas

Dos ventos que roubaste. Coração
Perdendo o velho rumo nas estradas!
T’a vida se prendeu n’ escravidão!