Réu Confesso
Sou o resto do nada; vou ao acaso...
Não tenho porto, pária sem parada...
Vivendo tão somente ledo ocaso.
U’a lâmpada queimada, sou o nada...
O meu tempo está vencido, o meu prazo...
Um resto de comida abandonada,
De todos sentimentos, o descaso...
Minha vida esquecida, vai jogada.
Não tenho mais verdades nem as sinto.
Qualquer coisa que diga, sei que minto;
Qualquer vida que tente, sem sucesso...
As ondas do mar sempre me desprezam...
De todos os delírios que de prezam,
Um vago nada. Simples réu confesso...
Não tenho porto, pária sem parada...
Vivendo tão somente ledo ocaso.
U’a lâmpada queimada, sou o nada...
O meu tempo está vencido, o meu prazo...
Um resto de comida abandonada,
De todos sentimentos, o descaso...
Minha vida esquecida, vai jogada.
Não tenho mais verdades nem as sinto.
Qualquer coisa que diga, sei que minto;
Qualquer vida que tente, sem sucesso...
As ondas do mar sempre me desprezam...
De todos os delírios que de prezam,
Um vago nada. Simples réu confesso...
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