domingo, setembro 17, 2006

Vento

Esse vento chorando na janela,
Trazendo, no seu canto, tanta vida...
A noite que julguei estar perdida,
Ressurge linda, forte. Como é bela!

Liberta os prisioneiros, triste cela,
Acalentando as dores. Já carpida,
A juventude morta, não vencida!
O vento pintor faz serena tela!

As tintas que possui, as mais brilhantes;
Acordes que dedilha, dissonantes...
A dor da maravilha d’existir!

Vento, meu companheiro solitário;
Ao dobrar desses sinos, campanário,
O meu consolo,vento é estar aqui!