sexta-feira, setembro 01, 2006

Vindo lá, do sertão, da minha terra

Vindo lá, do sertão, da minha terra;
Onde cantam segredos, passarinhos...
Lá, onde sol e lua fazem ninhos,
Onde o cio brotando, vem e berra.

Nos gemidos sutis, a noite cerra
Os olhos e permite mil carinhos,
Dos grilos e corujas nos alinhos
Noturnos, nova vida, velha a serra...

Trazendo minha rústica esperança,
Lavada a cada sonho de criança.
Renovando segredos de minh’alma...

Talvez seja por isso, tanta calma;
Natureza conheço, como a palma
Da mão que acaricia, mas avança!