domingo, outubro 22, 2006

Melancolia

Melancolia invade, toma tudo...
Tristeza do que fui e não sabia,
Nas janelas o vento... Fico mudo,
Esperando nascer um outro dia...

Em várias tempestades, sei, contudo,
Nada me sobrará, nem fantasia...
Nada me restará, nunca me iludo...
O que posso fazer? Melancolia...

Meus cigarros consumo sem descanso...
O câncer alimento das saudades...
O final desta farsa vem tão manso...

Os meus olhos cansados, sem remanso,
Não sabem distinguir nem claridades...
Morrer, morrer, prazer final, avanço...