sábado, novembro 25, 2006

: Cheirosa, perfumada


Companheiro da fera inebriante:amor;
Por vezes me esqueci que as mágicas mulheres
Guardam cada segredo em diversos talheres
Nas gavetas do sonho, em cálices de dor.

Muitas vezes estranho o mistério da flor
Carnívora. Também fazes o que quiseres
Nas tocaias. Inseto, a presa, se não queres
Depois de mastigada expulsas com vigor.

Porém a perfumada e olorosa rosa,
Absoluta malícia esperando ansiosa
Que um colibri se chegue e carregue seu beijo

Para outra rosa, assim num cio delicado
O pobre beija flor foi, sem perceber, fado.
Olinda; serei flor, colibri ou desejo?