quinta-feira, novembro 23, 2006

Lúgubre melodia que deixaste

Lúgubre melodia que deixaste
Nos maus momentos, todos, te relembro...
A morte deste amor deu-se em dezembro,
No mais exato instante que chegaste.

Teu corpo tão franzino tal qual haste,
Nas cicatrizes todas me desmembro,
Devorou cada parte, cada membro.
A vida, em podridão, já carregaste!

No beijo viperino, teu carinho,
Nas vísceras expostas, regozijo.
Rapineira, dos olhos forjas ninho.

Vestígios de ilusão, profunda chaga.
Navegas tua carne noutra plaga...
Mas volte, te esperei... Volte,isto exijo!