sábado, novembro 25, 2006

A vida passa, brusca; e , nela, a sensação
Desoladora e triste, o gosto mais amaro.
Deixa-me, então, decerto, o desejo mais raro.
O de percorrer, livre, espaço e amplidão!

Nunca despreze a dor, nem negue o seu perdão.
Amor belo, de outrora, a morte sente o faro
E em menos d’um segundo, está no desamparo!
Amor é qual semente, a rega brota o grão.

Não despreze a mulher mesmo que não a queira.
Amor nunca permite afronta nem cegueira.
O vaso que se quebra, aceita nova cola.

Mesmo que nunca seja igual depois da queda.
Amor sempre se paga, o beijo é a moeda.
Por fim, amor não sabe e não respeita escola!