domingo, janeiro 24, 2010

23448

A voz que em altos brados nos liberta
Do algoz entre terríveis cadafalsos,
Os dias percorridos, ledos, falsos,
A história se mostrando tão incerta.
Havia no caminho alma desperta
Meus pés enfrentam urzes; já descalços
E bebo sem rancores tais percalços
Porteira da esperança sempre aberta.
Andasse pelas ruas e calçadas
Vagando sem destino em madrugadas
As trevas vão guiando quem barganha
E embora muitas vezes esperando
O dia noutro dia se entranhando
E a fé no amor remove esta montanha...