segunda-feira, janeiro 25, 2010

23466

23466

Pudesse descansar depois de tanto
Caminhar sem poder ver claridade
Envolto pelos mantos da saudade,
Que causa dor e traz um raro encanto.
Ao mesmo tempo atroz, molda meu canto,
Enquanto se mostrasse na verdade
A sombra do passado que me invade,
Apascentando em dor nela me espanto.
Mas quando percebendo a tua ausência
A vida se perdendo sem clemência
Volvendo ao mesmo nada de onde vim,
Acaso poderia ter a sorte
De ter sob o comando, o Fado e o Norte,
Saudade então no Amor; teria fim...