quarta-feira, janeiro 27, 2010

23692

Não quero discernir morte de gozo
Se todos os caminhos, mesma foz,
Aonde se mostrara algum algoz
O dia sendo assim maravilhoso.
O peso do passado, desastroso,
E o canto que me embarga e cala a voz
Perpetuando o resto que há em nós
Decerto o meu destino é caprichoso.
Caleidoscópios dizem do que sou,
Mosaico que disforme não se expõe
Enquanto a minha sorte decompõe
O preço que se paga é muito caro.
Escrevo tão somente vagas linhas
E nelas com certeza me adivinhas
Putrefação de uma alma eu escancaro...