sexta-feira, janeiro 29, 2010

23758

Manhã dos meus anseios, rutilante
O sol entremeado por neblinas
E enquanto o pensamento tu dominas
A vida se transborda neste instante.

Pudera prosseguir e sempre adiante
Nas líricas paisagens cristalinas,
O quanto não percebes e fascinas,
Semente que o amor deveras plante

E façam-se de luzes os meus dias;
Mas sei que na verdade me iludias
E tudo não passou de um desengano,

A solidão batendo à minha porta,
O frio penetrando, atroz, me corta
E em farsas; desespero e assim me dano...