sábado, janeiro 30, 2010

23838

Miséria não se acaba, pois sustenta
A corja mais pilantra que conheço,
O mundo é sempre assim desde o começo
Por mais que a sociedade se diz benta.

O fardo que ninguém jamais agüenta,
Pesado muitas vezes, reconheço,
Mas sei destes canalhas, o endereço
Na ação que ao próprio Cristo violenta.

Melhores dias; sei que não virão,
E tendo apocalíptica visão
Piora se fazendo mais notada

A cada novo tempo; mais imunda
Na súcia tão cruel e vagabunda
Miséria sendo sempre alimentada...