segunda-feira, fevereiro 01, 2010

23953

Pudesse ter ainda além do que tortura
Uma saída amena aonde eu poderia
Envolto em ilusões, estúpida alegria
Sentir da mão suave, ao menos a ternura.

Porém a solidão adentra e assim perdura
Tomando num repente o pouco que ainda havia,
Matando em nascedouro, aborta a fantasia
E deixa por herança, a morte em vã moldura.

Se o canto é tão sombrio e o sol, não reconheço,
A culpa se faz minha, e após queda e tropeço
Não pude mais me erguer, esgota-se a esperança.

Enquanto amargo sou, nefastas tempestades
Deveras sonhador, em turvas águas nade
Uma alma que funérea, em podridão avança...