domingo, fevereiro 07, 2010

24302

Espalho meus gametas e refaço
A velha ladainha, vida e morte
Tendo a teosofia que conforte,
Estendo à existência então meu braço
Enquanto a frialdade morta do aço
Deveras se demonstra noutra sorte,
A eternidade dele é o meu norte,
Da minha história aqui, só deixo um traço
Soubesse quão diversa a natureza
Dos seres e matérias, por defesa
Talvez inda pudesse crer tão meus
Aquilo que em verdade não pertence
Restando a tal fantoche muriaense
A inevitável crença que há um Deus.