domingo, fevereiro 07, 2010

24350

Escondem-se cadáveres nas ruas
Prostituídos tempos insepultos
E quando mal vislumbro os mesmos vultos
Encontro as tais verdades sempre nuas.
Porém tu nada vês e até flutuas
Pensando que meus versos são insultos
Os povos mais atrozes? Os mais cultos,
Enquanto tu te omites, nisto atuas.
Os dedos apontando esta carcaça
Ao lado do tropel que esnobe passa
Nos caros magazines, capital
Tornando a realidade mais atroz
Se homem tal qual um lobo é dele algoz
O que falar então de um animal?