segunda-feira, fevereiro 08, 2010

24367

Um déspota terrível, Deus judaico
Que tanto castigava e assim punia
O filho a quem a sorte já desvia,
Morrendo num sepulcro mais arcaico,

E quando o mundo for deveras laico,
Talvez seja o momento em que a utopia
Desfaça com ternura esta agonia
Reinando deste modo, vil, prosaico.

Aquele que se deu em sacrifício
Um rei e um carpinteiro por ofício
Aplaca com amor tal despotismo,

Sublime Redentor que se fez luz,
Pois se à felicidade ele conduz
Num novo amanhecer vejo o otimismo.