terça-feira, fevereiro 09, 2010

24404

Aturdida percebo a leva insana
Nos bares e motéis, ruas, calçadas
Verdades em loucuras disfarçadas
O tempo se desnuda e desengana.
Do arbítrio ao caos, do caos ao despotismo
Um ciclo há tantos anos conhecido
E agora novamente revivido
No reino da libido ou fanatismo.
Do cismo que se mostra assim bem claro
Escombros e destroços no final,
A Terra que em verdade é cais e nau
Expondo a podridão que ora escancaro.
E escarro sobre os vermes poluídos,
Embora o brado perde-se em ruídos.