quarta-feira, fevereiro 10, 2010

24541

Tomado de carinho, então percebo
O quão se torna às vezes venturosa
A senda em que desfilo verso e prosa
E dela a maravilha onde concebo
O mundo em ilusão, a paz recebo
Singrando com denodo espinho e rosa
Enquanto a fantasia ainda glosa
O tanto que deveras já não bebo
E embebe-se de luz este andarilho
Decerto em novo tempo quero e brilho
Forjando com meu canto um tempo audaz
Aonde uma esperança mais sobeja
É tudo o que minha alma ora deseja
Viver e ter nos olhos farta paz.