quinta-feira, fevereiro 11, 2010

24583

Por tantas vezes vejo o que querias
Deixado sem destino, em luz sombria
Evanescendo assim a poesia
Deitada nos vazios que ora crias,
E quando imaginara alegorias
Restando a solidão onde se via
Estrela que jamais reluz e guia
Matando em nascedouro as fantasias,
Descreves com denodo esta agonia
Da qual e pela qual assim te esquivas
Ardentes ilusões em águas vivas
Aonde mergulhara tosca enguia
Turvando uma emoção, alma plebéia
Atocaia fera, uma moréia.