domingo, fevereiro 14, 2010

24784

Carpido pelas moscas derradeiras,
Aonde quis a glória vejo em pus
O quanto desejara em força e luz,
As ânsias se transformam lisonjeiras
Andara toda a vida em finas beiras
E ao precipício o passo me conduz
Sabendo quão a morte nos seduz
Estradas que percorro; costumeiras
Trazendo a cada passo outro martírio
Invés de lua eu vejo agora o círio
Funestas homenagens? Não preciso,
Vergastas contumazes; dor e corte,
Após tanto festejo, enfim a morte,
Quem sabe inferno; nada, ou paraíso?