quinta-feira, fevereiro 18, 2010

25072

Nas horas prazerosas entornais
Delírios que vós vedes nada valem
Bem antes que estas vozes já se calem
Ainda quero crer possível cais,

E tudo se transforma em vãos jograis,
E neles as certezas que me abalem
Do tanto que não vale, e me avassalem
Os versos que em verdade são banais.

Ausente da esperança; eu sinto em vós
Aquém do que pensara em mansa voz
O fim de um tempo aonde imaginara

Possível ter na lira alguma luz,
Ao nada onde deveras reproduz
Vazio em noite intensa, mas amara.