quinta-feira, fevereiro 18, 2010

25097

Na noite que se vai; em nada penso
Somente nas angústias que trouxeste,
Aonde imaginara luz celeste
Eu vejo este vazio, agora imenso,

E quando noutras sendas eu compenso
A dor de me saber alheio e agreste
Colhendo o dissabor que tu me deste,
O amor transcorre vago e sempre tenso,

Audaciosamente quis a luz,
Porém quando ao vazio me conduz
O sonho que deveras fora belo,

As ondas deste mar destroçam tudo,
E mesmo quando insano eu já me iludo
Ruínas o que resta do castelo.