sábado, fevereiro 20, 2010

25173

Vindictas tu preparas, armadilhas
E delas não consigo decifrar
Sinais que possam mesmo protelar
A morte que deveras ora trilhas,

E sinto nas noctívagas matilhas
Nas noites mais escuras, sem luar,
Espreita num instante a desnudar
Mesmo que disto diste algumas milhas.

Assim a cada dia me preparo,
Pois sei quanto o demônio não é claro
Usando de artimanhas mais sutis,

Enveredando sendas prazerosas,
Emerge qual a rosa dentre as rosas,
Beleza que em si própria contradiz.