terça-feira, fevereiro 23, 2010

25371

Os Deuses tão nefastos, rudes seres
Espúrias garatujas do passado
Ainda resistindo vejo ao lado
Dos tantos delicados vãos poderes,

E quanto mais detalhes perceberes
Verás no olhar escuso deturpado
O sonho que pensara emoldurado
Entre as diversas luzes do quereres.

Argutas caricatas e medonhas
Enquanto com planície e vale; sonhas
Imensas cordilheiras, altas serras

Defronte ao teu espelho esta figura
Amarga e inconseqüente se afigura
E o sonho – ser feliz, agora enterras.