quarta-feira, fevereiro 24, 2010

25462

A podridão em faces mais vulgares
Estraçalhando o resto de uma vida,
Ao mesmo tempo enceta outra ferida
Deixando para trás tantos lugares

Aonde se erigiram meus altares
Na senda tantas vezes destruída,
Aporto novamente e sem saída
O barco se perdendo em vastos mares,

Assíduas ilusões já não contenho
E quanto fosse audaz o vago empenho
Medonhas artimanhas da cobiça

Vergando minhas costas sob o peso
E vendo este mesquinho ser surpreso,
A sorte preparando a vã carniça.