quinta-feira, março 04, 2010

25602

Descrevo em solitária madrugada
Os vértices de um sonho, um pesadelo
E quanto mais atroz sinto vivê-lo
A imagem desta vida destroçada.

Jogado pelas ruas, na calçada
Condeno o coração a tal desvelo
E quando pelo encanto vago, zelo
Resposta se mostrando o mesmo nada.

Viver e ter apenas o caminho
Que leve á madrugada onde, sozinho
Mortalhas eu carrego e tão somente.

A pútrida manhã em luz desfeita
O medo vendo a cena se deleita
E mata desde já qualquer semente...