sexta-feira, junho 24, 2011

Voltando à pátria da homogeneidade,
Abraçada com a própria Eternidade
A minha sombra há de ficar aqui!

Augusto dos Anjos

Eterno renovar-se em tom disforme
Após certo momento em harmonia,
A vida se refaz e me traria
Somente a solidão intensa e enorme.
E quando noutro tom já me transforme
Regenerado sonho em utopia
A morte com certeza carcomia
O que aparentemente deita e dorme.
Porém neste incessante movimento
Explano em várias faces o que herdamos,
E nisto do arvoredo, tantos ramos,
No fim remodelando eternidade.
Repasto aonde um dia me fartara,
Do solo ao solo o arado se prepara
E multiforme ser ao pó invade.