quarta-feira, junho 14, 2006

REDONDILHAS

Quando falo de saudade

Logo me vem tua imagem

Percorrendo esta cidade

A cada rosto miragem

Vejo essa boca pequena

Em cada curva da estrada

Minha vida, de serena.

Transformou-se revoltada

Numa grande tempestade

Que não tem mais paradeiro

Dolorosa de verdade

Te procuro o tempo inteiro

Quando acordo tão sozinho

Vou procurando te ver

Já não tenho meu caminho

Já não consigo viver

Quero te ter bem comigo

Pra me dar alento e amor

Pois sem ti eu não consigo

Encontrar mais o calor

Do que foi feita essa vida

Vida minha em tua feita

Minha vida vai perdida

Sem a tua nessa espreita

Nem espero mais ter vida

Se não tiveres por mim

Vida minha triste lida

Sem tua boca, carmim.

Quero o sol da madrugada

Quero a lua desta tarde

Vou morrendo sem ter nada

Vou vivendo de saudade.