Passando pelo céu, vai viajante louca Soneto alexandrino
Passando pelo céu, vai viajante louca.
Correndo sem parar, cometa sem destino,
Quando for misturar, minha na tua boca,
Regressarei, vou ser, novamente um menino.
Minha voz, noutro mar, noutro tempo, mais rouca;
Já poderá cantar, no dobrar desse sino,
Em cujo badalar, minha dor se fez pouca
E a alegria, verão, foi grande desatino...
Passageira a temer, tantas as desventuras
Que na vida irá ter, quem nunca pode amar.
Para quem, caminhar nas noites mais escuras.
Buscando do luar, farol para guiar,
Os passos a fugir de tantas amarguras.
A viajante vai, nem sab’onde parar...
Correndo sem parar, cometa sem destino,
Quando for misturar, minha na tua boca,
Regressarei, vou ser, novamente um menino.
Minha voz, noutro mar, noutro tempo, mais rouca;
Já poderá cantar, no dobrar desse sino,
Em cujo badalar, minha dor se fez pouca
E a alegria, verão, foi grande desatino...
Passageira a temer, tantas as desventuras
Que na vida irá ter, quem nunca pode amar.
Para quem, caminhar nas noites mais escuras.
Buscando do luar, farol para guiar,
Os passos a fugir de tantas amarguras.
A viajante vai, nem sab’onde parar...
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