Soneto
A sedução caminha semi-nua;
Na transparência do vestido aberto,
Em teu corpo, minha alma vai, flutua;
Circulando na luz, qual fora inseto.
E, louco, cego, sigo; pela tua
Presença com prazer, o mais completo.
De tudo quanto a vida me insinua,
De tudo, me restou somente afeto.
Te desejo, distante, mas não tenho,
Nada a não ser a tua silhueta,
Nas marés em meus mares, quando venho;
Não há mais nada, quero ser cometa,
Mas ofuscas meus sonhos, mal me embrenho
Nessas matas, naufrago, vã corveta...
Na transparência do vestido aberto,
Em teu corpo, minha alma vai, flutua;
Circulando na luz, qual fora inseto.
E, louco, cego, sigo; pela tua
Presença com prazer, o mais completo.
De tudo quanto a vida me insinua,
De tudo, me restou somente afeto.
Te desejo, distante, mas não tenho,
Nada a não ser a tua silhueta,
Nas marés em meus mares, quando venho;
Não há mais nada, quero ser cometa,
Mas ofuscas meus sonhos, mal me embrenho
Nessas matas, naufrago, vã corveta...
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