Abáculo
Me recordo, criança, dum abáculo,
Uma herança ancestral, de minha avó...
Parecia jogado, puro pó,
Nas ermas cercanias, qual oráculo...
A vida repetia esse espetáculo,
Refazendo o que nunca dera nó
Nos meus sonhos, meu mundo rococó,
Dura morte, espalhando um retináculo,
Cercava; rodeando feramente.
Clivava; vagueando, vorazmente...
Não deixando sequer restar escapo.
Escalpos exigindo, todo trapo
Do que fora resquício duma vida...
Minha história, n’abáculo, perdida...
Uma herança ancestral, de minha avó...
Parecia jogado, puro pó,
Nas ermas cercanias, qual oráculo...
A vida repetia esse espetáculo,
Refazendo o que nunca dera nó
Nos meus sonhos, meu mundo rococó,
Dura morte, espalhando um retináculo,
Cercava; rodeando feramente.
Clivava; vagueando, vorazmente...
Não deixando sequer restar escapo.
Escalpos exigindo, todo trapo
Do que fora resquício duma vida...
Minha história, n’abáculo, perdida...
<< Home