Cracas
Meus versos que, pretendo, serem facas.
Universos convertendo em peçonha.
As dores que me beijam não aplacas;
As flores me cortejam. Vida sonha
Com desejos sutis. Cravando estacas
Nos cortejos senis. Lavando a fronha
De tantos pesadelos, usas lacas
Para pintar, vermelha essa vergonha!
Os meus prantos, novelos, blusas rasgas;
A trucidar centelhas cedo engasgas...
Não posso permitir nem um segundo...
Num poço redimir os meus pecados,
Nas barcas navegar um novo mundo.
As cracas que carrego. Tristes fados...
Universos convertendo em peçonha.
As dores que me beijam não aplacas;
As flores me cortejam. Vida sonha
Com desejos sutis. Cravando estacas
Nos cortejos senis. Lavando a fronha
De tantos pesadelos, usas lacas
Para pintar, vermelha essa vergonha!
Os meus prantos, novelos, blusas rasgas;
A trucidar centelhas cedo engasgas...
Não posso permitir nem um segundo...
Num poço redimir os meus pecados,
Nas barcas navegar um novo mundo.
As cracas que carrego. Tristes fados...
<< Home