domingo, setembro 17, 2006

Vôo Livre

Voando livre, lábios meus osculam
As bocas que pensei não fossem minhas...
As dores que deixei, aves daninhas,
Se perdem nos meus sonhos que pululam...

Nos cálices que bebo, cedo adulam
As mansas criaturas que continhas.
As ciências são vagas, são mesquinhas,
As doces maciezes já se ondulam!

Ondinas nossas praias, nossos mares...
Transfundo pensamentos dos luares
Onde as ondas se quebram nos penedos!

Não quero melodias mais orgísticas,
As hordas que me levam, cabalísticas;
Segredam nos ouvidos, ledos medos...