domingo, setembro 17, 2006

Dora

Onde te encontrarei, querida Dora?
Perguntando, procuro em todos bares...
Vou pelas madrugadas, sem ter hora.
Vagueando sem rumo, até altares...

Nas praias, nas areias, parto agora;
Nas ondas que se quebram, todos mares..
Não me importa sequer: chove lá fora,
Não meço nem procuras nem lugares...

Nos jardins, rosas planto, seus espinhos;
Nos olhos, colho pranto, Dora some...
Ando pobre, mendigo teus carinhos.

A solidão feroz já me consome...
Quem me dera poder Dora encontrar.
Perdido, te persigo no luar!