segunda-feira, novembro 20, 2006

Na curva deste rio, um coração

Na curva deste rio, um coração
Sepultado. Relembro desta história.
De bruços nesta terra, sem perdão,
O vento da derrota e da vitória.

No amor desta pantera e do leão,
Momentos descuidados, morte e glória.
A mão que traz amor vive ilusão,
A tarde é do luar, contraditória...

Nas tramas desta vida, uma pantera;
Beleza e maciez, garras expostas.
Tocaias e guerrilhas, triste espera...

Leão, forte e faminto, louco cio...
Os dentes da pantera cravam costas,
O coração do rei, curva do rio...