sábado, novembro 25, 2006

Nancy

: Aquela que é cheia de graça




Toda a minha emoção, é verso sem sentido.
É canto que maltrata um coração sem lume.
É flor que não encanta, a falta do perfume.
É mar que não navego o leme dividido.

Morto, no esquecimento, a sensação do olvido
Invade minha cama, escuta meu queixume.
Sou boca que te morde, a falta de costume,
Retrato na gaveta, há tempos esquecido.

Sou fumo que evapora esparso em triste vento.
Poeira dessa estrada, o céu sem firmamento.
O pouco do que fui, está guardado em ti.

Pois foste um relampejo, um pouco de esperança.
Confesso, nunca mais, saíste da lembrança.
Meu único momento feliz, contigo, Nancy...