segunda-feira, março 31, 2008

EU TE AMO! COROA DE SONETOS 173

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As folhas dançarinas nesta mata

Traduzem maravilhas, disso eu sei,

O quanto esta emoção nos arrebata

Mudando em fantasia nossa grei.

A vida tantas vezes má e ingrata

Fazendo da tristeza a sua lei

Enquanto este segredo desbarata

Denota todo o gozo que eu busquei.

O quanto se perdera no passado,

Num novo amanhecer anunciado

Cevando este futuro mais risonho

Demonstra com louvores o prazer

Encantos que começo a conceber

Aonde esta esperança eu sempre ponho.

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Aonde esta esperança eu sempre ponho

Um tempo mais feliz se anunciando,

Estrelas que emolduram nosso sonho,
Atingem nossos corpos, prateando,


Distante de teus braços sou tristonho,
Meus olhos lacrimejam pranteando
Amor que se mostrou e que proponho
A cada novo dia se entranhando


Tomando nossos versos e palavras,
Arando uma esperança em raras lavras

Deixando para trás dores, ericas.

Eu tenho bem mais viva uma alegria

Que a cada novo beijo prenuncia

Paraíso que em gozos edificas...

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Paraíso que em gozos edificas

Não tendo nem tristeza que o desabe

Amores; se repartes, multiplicas,
Decerto a matemática não sabe


Destas operações que são mais ricas,
E numa precisão, bem sei, não cabe.
Nos versos divinais que tu publicas
Amada que este sonho não se acabe,


Pois deles necessito pra viver,
A fonte da alegria e do prazer

Um sonho que decerto eu não represo,

Vibrante, cada verso traduzindo

O mundo que eu buscara sempre lindo

Atado nos teus braços; sigo preso.

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Atado nos teus braços; sigo preso

A vida sempre em paz, maravilhosa.

Sair das tempestades, quase ileso,
Vencendo esta procela furiosa,


Sentindo da amizade, força e peso,
Mostrando quão a vida é mais formosa,
Nos olhos desta amiga, o fogo aceso
De quem sabe encantar em verso e prosa.


Vivendo na amizade, num instante,
Percebo amor imenso e triunfante

Na fonte que jamais eu sei, se esgota.

Amor que sem limites, vida afora

Dos sonhos e dos ritos se assenhora

Meu barco nos teus braços, amor bota...

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Meu barco nos teus braços, amor bota

Enquanto esta alegria se pressente

Bebendo desta fonte gota a gota,
Até que me inebrie totalmente.


Amor que assim concebo não tem cota
Precisa desta entrega plenamente.
Tristeza não vigora e vai; remota.
Amar é na verdade mais urgente.


As almas se irmanando em belezas
Caminham
sempre juntas, siamesas

Vencendo as tempestades corriqueiras.

Eu quero estar e ser teu companheiro

Sentindo em minha pele o costumeiro

Prazer que tu derramas nas ribeiras...

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Prazer que tu derramas nas ribeiras

Calando com sorrisos, penitências.

Voando em céu liberto e sem fronteiras
Alçando o gozo pleno da existência,


Palavras que se mostram timoneiras
Dos rumos que preciso em coerências
Nas
horas mais felizes, altaneiras
Amor é feito em gozo e providência.


Alimentando sonhos, esperanças
Amor nos permitindo novas danças.

De todas as tristezas, redentor.

Eu quero e te desejo sempre mais

Sabendo de teus gozos rituais

Traçando em minha vida, este esplendor...

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Traçando em minha vida, este esplendor

Tornando a solidão pra sempre extinta,

“Eu amo tua pele e tua cor”,
Na brônzea majestade em que se pinta


A mágica emoção do pleno amor,
Imagem superposta, mas distinta
Dois corpos que prosseguem a compor
Usando em comum senso a mesma tinta.


Amor que desbravando a fantasia
Conhece em plenitude a geografia

Fazendo toda noite esta viagem

Descubro continentes e planetas

As mãos que sempre guiam são cometas

Vislumbram maravilha em paisagens...

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Vislumbram maravilha em paisagens

Dourando em alegria cada grei

Grafando no meu corpo em tatuagem
O
nome de quem sempre eu desejei,


O coração, carrego na bagagem,
Testemunha fiel do que passei.
Agora que percebo a boa aragem
Querida, nos teus braços mergulhei...


Futuro no horizonte se deslinda,
A sorte de te amar sempre é bem vinda!

Acetinando em festa o nosso leito.

As rondas que se fazem não nos cansam

Enquanto estas fronteiras já se alcançam

O amor vai explodindo no meu peito.

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O amor vai explodindo no meu peito

Calando em alegria um vil tormento.

Amiga. Ao conceber amor perfeito
Pensara tão somente num momento.


O amor em tempestades quando é feito
Às vezes nos causando sofrimento
Pudera se mostrar mais satisfeito
Mudando toda a cor do sentimento.


Amor se faz mutante, alma andarilha
E é nisso que se encontra a maravilha

Amor não se permite em falsos pejos

Sabendo desfrutar de cada gole

Aos poucos tal loucura nos engole

Deixando para trás medos sobejos.

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Deixando para trás medos sobejos

Encontro neste cais felicidade.

A tua boca roça os meus desejos
E faz da fantasia, realidade.


Tomando a sacra fonte dos teus beijos
Decifro os teus enigmas. Fogo invade
Causando uma erupção. Nos lampejos
Divinos, explosões em claridade


Deveras tão gostosa e sensual,
Fazendo do prazer, um ritual

Nos braços de quem amo decifrado.

Meu verso se mostrando mais feliz

Encontra nos teus olhos o que eu quis

Um brilho em sedução, engalanado...

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Um brilho em sedução, engalanado,

Traduz um sonho raro, encantador.

Quem dera se eu pudesse, do teu lado,
Ficar o tempo todo, meu amor.


Bebendo do luar, extasiado,
Em versos a alegria recompor.
Legando estas tristezas ao passado,
Vivendo tão somente ao teu dispor.


Amor: a mais perfeita sinfonia,
Trazendo para a vida, a fantasia

Aonde a solidão já se suprime.

Traçando um novo tempo, posso ver

A doce sensação que invade o ser

Enquanto esta emoção nos desoprime.

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Enquanto esta emoção nos desoprime

De toda a solidão me desobrigo

Não deixe que a tristeza te domine,
Decerto eu estarei junto contigo.


Permita que a alegria se aproxime
E trague em gozo pleno o seu abrigo.
Sabendo o quanto amor já nos redime,
Aconchegue-se e deite aqui comigo.


À noite te aquecer em meus carinhos,
Vagando e penetrando teus caminhos

Os medos desde então eu sei extintos.

Caminho lado a lado destemido,

Sabendo deste amor por Deus ungido

Nos vinhos da esperança, doces, tintos...

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Nos vinhos da esperança, doces, tintos,

Amor nos redimindo dos pecados

Na entrega de dois corpos, labirintos,
Desejos e delírios demarcados.


Bebendo dos prazeres os absintos,
Despindo nossos medos malfadados.
Alvoroçando assim, nossos instintos,
Mil gozos em carícias são trocados.


E vamos noite adentro; vida afora
Nos braços desse amor que nos decora

Pressinto um paraíso e me aprofundo

Na teia de teus braços, companheira

Tramando em alegrias tal videira

Tomando a direção em segundo.


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Tomando a direção em segundo

Permite que se veja a claridade,

Amor redemoinho move o mundo.

E faz de cada sonho, realidade,


Um sentimento assim, belo e profundo,
É portador divino da verdade,
Das águas deste amor, logo me inundo
E encontro finalmente a liberdade.


Mesmo que em cativeiro, o coração
Rebenta com furor qualquer grilhão

Enquanto esta alegria me arrebata

O vento permitindo esta visagem,

Mudando em fantasias a paisagem:

As folhas dançarinas nesta mata.