23264
Mal pude crer que a sorte inda teria
Quem tantas vezes viu-se em maus lençóis
A vida sonegando luz e sóis
Eterna madrugada, sempre fria.
Bebendo sem descanso a ventania
Ausente em noite escura teus faróis,
Procuro algum remanso, e os arrebóis
Sonegam qualquer cor ou fantasia
Melífera esperança não anseio
O mundo se transforma e sem receio
No abismo que se forma sob os pés
Eu ato tais correntes, na masmorra
Sem ter alma sequer que me socorra
Eterna sensação, duras galés...
Quem tantas vezes viu-se em maus lençóis
A vida sonegando luz e sóis
Eterna madrugada, sempre fria.
Bebendo sem descanso a ventania
Ausente em noite escura teus faróis,
Procuro algum remanso, e os arrebóis
Sonegam qualquer cor ou fantasia
Melífera esperança não anseio
O mundo se transforma e sem receio
No abismo que se forma sob os pés
Eu ato tais correntes, na masmorra
Sem ter alma sequer que me socorra
Eterna sensação, duras galés...
Marcadores: MARCOS LOURES, SONETOS
<< Home