sexta-feira, janeiro 22, 2010

23267

Bebendo destes féis que tu me deste
Em finas taças feitas de cristal,
O medo se tornando colossal,
Negando cada porto em que estiveste.

Aonde a sorte doma o sonho agreste
O verso que desenho tão banal,
Quisera algum sorriso, mas fatal,
O mundo não suporta quem conteste.

Rastreio estas pegadas e não vejo
Sequer alguma sombra de um desejo
Que o tempo já deixou envilecer.

E assim não tendo aporte nem suporte
Aguardo quem me traga um novo norte
Apenas esperando pra morrer...

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