sexta-feira, janeiro 22, 2010

23304

A loba que devora seus filhotes
Nas garras sanguinárias vejo o fim,
Depois como um banquete pros coiotes
O pouco que restou então de mim.

As cobras entre as matas, firmes botes
Matando o que pensara ter enfim,
A faca que se entranha em tantas glotes
A morte me rondando, é sempre assim.

Esparsas alegrias, raros risos,
A vida acumulando prejuízos
Não deixa que eu consiga respirar.

O beijo traiçoeiro de quem quero,
Sorriso tão sarcástico quão fero
A morte se aproxima devagar...