sábado, janeiro 23, 2010

23320

Acolhem-se mentiras entre tantas
Aonde houvera luz, a escuridão
Na temerária voz do anfitrião
As festas entre versos; desencantas,

Saraus dos idos tempos, velhas mantas
Apenas demonstrando a negação
Do que hoje se moldando em turbilhão
Ainda em vãs promessas agigantas.

Ao ver no meu jardim um rubro antúrio
Percebo o que meu canto sendo espúrio
Não tem mais cabimento, exausto e fútil.

E sei que a poesia também morta
Adentra envergonhada a velha porta
Sabendo-se deveras tão inútil...