sábado, janeiro 23, 2010

23329

Pusesse uma esperança neste barco
Talvez atracação em cais seguro,
Mas quando vejo o tempo, te asseguro
No medo do futuro, enfim embarco.

O vento que pensara forte; é parco,
O quadro; não percebo sendo escuro,
Além de cada curva um novo muro,
Porém com desenganos torpes, arco.

E quando te encontrara nos presságios,
Nas ondas dos teus mares meus naufrágios
São frágeis os caminhos de quem ama.

E agora nos teus braços, vou letárgico
Jamais queria um fim que fosse trágico,
Mantendo acesa sempre a imensa chama...