sábado, janeiro 23, 2010

23351

Eu quero a liberdade do meu canto
Por isso não desejo as edições
Se nelas existindo o desencanto,
Profanas e diversas emoções.

Tampouco quero crer que distorções
Transformem o sorriso em mero pranto,
Não faço dentre os versos, distinções,
Se o próprio cerceamento traz espanto.

Escrevo o que desejo e não me importa
Se abrindo ou se fechando alguma porta
Poemas; são meus gritos libertários.

Por isso é que em verdade não publico,
Se eu sou tosco, sacrílego ou pudico
O rio não se vende aos estuários...